14.10.04

Arqueología en Mato Grosso

Tomado de: http://200.181.30.165/mto/curiosidades.html#arque Arqueologia - Vida em MT há 25 mil anos O resgate da cultura através do desenvolvimento da pesquisa científica. São o que evidenciam os primeiros resultados do trabalho desenvolvido pela missão franco-brasileira em Mato Grosso, que está explorando os sítios arqueológicos do Abrigo de Santa Elina, na Serra das Araras, em Jangada, e Cidade de Pedras (Ferraz Egreja), em Rondonópolis. Pesquisas avançadas, com utilização de técnicas como o carbono 14 e realizadas por laboratórios do Canadá, Portugal e Marrocos, apontam para a existência de vida há pelo menos 25 mil anos em Mato Grosso. Os resultados conferem ao Estado a segunda datação arqueológica do País, perdendo apenas para o Piauí e a terceira civilização mais antiga da América Latina, acreditam os cientistas. O trabalho faz parte do projeto "O homem fóssil nos seus paleo-ambientes do Mato Grosso e da Bacia do Paraná", desenvolvido desde 85 através de um convênio assinado entre o Museum National d'Histoire Naturelle de Paris (França), IPHAN, do Ministério da Cultura, e Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), da Universidade de São Paulo (USP). Um termo de cooperação técnica firmado entre a missão e o governo de Mato Grosso, com interveniência do IPHAN, deverá garantir a difusão da pesquisa e a guarda do material arqueológico. De acordo com a pesquisadora Águeda Vilhena, membro da missão e representante do Museu de Arqueologia de São Paulo, "a riqueza do material encontrado em Mato Grosso é rara no mundo. Especialmente em Santa Elina, onde o material encontrado apresenta ótimo grau de conservação, porque o sítio está localizado entre dois paredões formadores da Serra das Araras, onde, estima-se, a água das chuvas não cai há mais de 6 mil anos. Conforme o coordenador da pesquisa no Brasil, Levi Feguti, professor do MAE, os olhos da comunidade científica mundial estão voltados para Mato Grosso. Até agora, mais de 40 publicações em vários idiomas divulgaram o resultado das pesquisas que está sendo apresentado em colóquios científicos pelo mundo. Inscrições e desenhos em parede, restos de fogueiras, estacas e mais de 800 ossos, que acreditam ser de uma preguiça gigante (animal extinto há milhares de anos) fazem parte do material arqueológico do Estado que permanece sob a guarda do MAE, em São Paulo. O superintendente da 14a. Regional do IPHAN, Marcelo Brito, explicou que o material faz parte do patrimônio da União, mas será trazido para o Estado assim que haja um local adequado para receber o acervo. Ele disse ainda que, em todo o Brasil, a pesquisa arqueológica ainda é recente. A maior carência é de falta de profissional capacitado para as pesquisas. Em Mato Grosso, dos 700 sítios arqueológicos existentes, apenas os de Ferra Egreja e Santa Elina estão sendo explorados pela missão franco-brasileira. O secretário estadual de Cultura, Jurandir Antonio, ressaltou a importância do trabalho que inaugura uma nova fase da cultura mato-grossense em que a ciência começa a ganhar espaço. Ele afirmou ainda que o governo do Estado, em parceria com o IPHAN, está buscando condições para trazer o material para Mato Grosso.

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